A vida e a importância de Galileu Galilei

Posted in Astronomia with tags on 5 de junho de 2011 by leodegemeos

Posso descrever esse post como um capítulo isolado da grande história da astronomia, como uma continuação do post anterior, de forma mais direcionada e detalhada. Aqui destaco um pouco da trajetória de Galileu Galilei dentro da ciência, o homem que foi um dos marcos na formação da ciência como é hoje. Nascido em 15 de fevereiro de 1564 na cidade de Pisa, na Itália, o jovem Galileu viria a se tornar um dos grandes homens da história da humanidade, determinando um ponto crucial na evolução da ciência moderna. Galileu desde cedo invocou um espírito curioso em relação às coisas que podemos chamar de visão científica do mundo.  Aos dezessete anos de idade, ao observar a oscilação de uma lâmpada na catedral de Pisa, tomou como medida de tempo a própria oscilação do objeto, e pod a partir dai formular uma teoria acerca do evento. Descobriu a lei do isocronismo e a partir disso pode desenvolver um aparelho capaz de medir as frequências do batimento cardíaco humano.

Era um amante da matemática, mas seus objetivos iam contra a vontade do pai, que queria que ele estudasse medicina. Acabou não foranando-se na disciplina e voltou pra Florença, onde morava, para virar um professor de matemática. Nesse meio tempo, desenvolveu a balança hidrostática. Após um tempo, ele então foi nomeado professor de matemática da Universidade de Pisa; a partir desse momento, realizou algumas de suas mais célebres experiências, como tentar demonstrar a influência da gravidade nos corpos, ao deixar cair do alto da torre de Pisa duas bolas esféricas de pesos diferentes, ao mesmo tempo. Antes acreditavam-se que os objetos mais pesados cairiam mais rápido no chão que os mais leves, e não que a gravidade age da mesma forma para ambos.

Com a morte do pai, Galileu se viu obrigado a cuidar da mãe e dos quatro irmãos, e as dívidas começaram a aumentar. Em setembro de 1593, consegue um importante título na Universidade onde trabalhava; Pouco depois, inicia seus trabalhos sobre arquitetura militar e outros assuntos relacionados. Segue com importantes descobertas ao longo da vida. No período que ficou enfermo, por volta de 1594, leu as obras de Nicolau Copérnico, fato que mudaria para sempre sua concepção de mundo, e também a nossa. Em 1604, ele organiza conferências onde renega a visão peripatética de observar o mundo, ou seja, renega a lógica aristotélica que perdurou durante muito tempo na história, levada como verdade.

Em 1609, Galileu realiza grandes descobertas ao observar a Lua e a Via Láctea com sua luneta, que ele próprio projetou. Pouco depois realiza uma de suas mais importantes descobertas, ao observar o planeta Júpiter e seus quatro maiores satélites, Ganímedes, Io, Calisto e Europa, que acabariam por ficar conhecidas como Luas Galileanas. Então também descobre os aneis de Saturno, onde não percebe como sendo verdadeiros aneis, mas sim um tipo de sistema de três estrelas. Também é responsável pela descobertas de manchas na superfície do Sol, assim como a identificação das fases do planeta Vênus. Galileu divulgou essas descobertas, na época consideradas muito impactantes. Mas seu dilema começa quando entra em conflito com a Igreja e começa a correr o perigo de ser declarado como herege.

Os textos de Copérnico são censurados pela Inquisição e colocados no Index da Igreja; Galileu escapou dessa, de primeira. Mas, seu primeiro livro a ser censurado chamava-se “Diálogos sobre os Dois Máximos de Sistemas de Mundo”. No mesmo ano, o Santo Ofício chega a convocá-lo e no fim do ano a prendê-lo. No ano seguinte, Galileu é obrigado a abjurar de suas convicções acerca de suas teorias e descobertas e então é liberado pela Santa Inquisição. Morre 9 anos depois, vítima de uma forte pneumonia. É inegável o grande legado deixado por Galileu Galilei, mesmo enfrentando a censura e perseguição da Igreja, conseguiu abrir para sempre um novo panorama para a ciência. Citado como um dos gigantes de Newton, Galileu escreveu pra sempre seu nome nas páginas da história.

Um pouco da história da astronomia

Posted in Astronomia with tags , , , , , on 27 de abril de 2011 by leodegemeos

A astronomia é conhecida como a mais antiga das ciências. Qual o motivo de tal afirmação? Talvez pela causa que o simples fato de atentar às estrelas pela noite é uma forma primitiva e simples de astronomia. Os antigos seres humanos, ao questionarem-se sobre quão grande era aquela imensidão que os envolvia todas as noites, já estavam de certa forma a praticar astronomia. Talvez o fato de não necessitar-se de praticamente nenhum instrumento mais avançado que os próprio olhos, seja a astronomia uma ciência tão fundamental. É acessível a qualquer um que se dê ao trabalho, ou melhor, ao privilégio de mirar os olhos para o céu noturno e apreciar toda a imensidão do universo.

Não parece fazer muito sentido perguntar quando o metafórico primeiro ser humano olhou ao céu noturno, pela primeira vez na história. A astronomia, dessa maneira, não possui um início exato, mas possui inúmeros eventos importantes que a consolidaram como ciência ao longo das eras. Ela, em sua essência, é mais antiga que a própria ciência como conhecemos hoje. Diferentes culturas e povos ao redor do planeta desenvolveram suas próprias formas de explorar os céus. Estima-se que a história da astronomia remonte aproximadamente 6000 anos atrás, onde passou a ser utilizada amplamente pelas civilizações, das quais perceberam a importância de conhecer o firmamento desde cedo. Os povos viram-se necessitados em estabelecer métodos de marcação do tempo, por exemplo, ou o mapeamento das estrelas para fins de localização espacial, ou mesmo para fins religiosos. O desconhecido sempre instigou a mente humana a procurar respostas e definir as coisas, e os astros por muito tempo exerceram um papel divino na vida das pessoas.

Estudaram a localização fixa das estrelas no firmamento e estabeleceram alguns padrões para os céus. Observaram as fases da Lua, as variações diárias do nascer e pôr do sol e dessa forma estabeleciam métodos baseados nessas observações. Elas indicavam muito daquilo que tais povos precisavam, coisas como estações do ano, duração do dias, controle da vegetação e alterações sazonais. Com o passar do tempo, viu-se a necessidade de nomear os astros de forma a registrá-los em tábuas e mapas celestes, ond poderiam auxiliar de forma significativa na localização, e posteriormente, nas navegações. Os antigos egípcios criaram o zodíaco, dividindo arbitrariamente o céu em 12 constelações principais e entre outras demais constelações. Além de todas as aplicações do conhecimento adquirido com o estudo dos céus, surgiu também o campo da astrologia, método que busca determinar de que forma os astros exercem uma influência direta na vida das pessoas, conceito que engloba desde conceitos místicos à religiosos. Apesar de que atualmente a astrologianão seja considerada útil como ciência, ela determinou no passado importantes bases na própria astronomia. Os antigos astrônomos, por muitas vezes nas “horas vagas”, também eram astrólogos. Por muito tempo tal atividade intelectual foi respeitada como conhecimento válido, até perder espaço com o desenvolvimento das teorias científicas.

Grécia Antiga


Os gregos são os principais responsáveis pelo desenvolvimento da astronomia como ciência. Os avanço na matemática grega permitiram a pessoas como Platão e Aristóteles fundarem as bases racionais dessa ciência. Pitágoras já havia proposto que todos os astros possuiam uma forma aproximadamente esférica. Tal percepção foi confirmada por Aristóteles, ao observar a sombra da Terra em formato circular sobre a superfície da Lua, durante um eclipse lunar. Essas pequenas noções possibilitaram, alguns séculos depois, à Eratóstenes de Siena determinar o diâmetro aproximado da Terra, utilizando apenas pequenos artifícios de geometria simples.

Os modelos astronômicos do sistema solar foram sofrendo modificações com o decorrer dos tempos. Aristarco foi um dos primeiros a contestar o modelo da Terra figurada como centro do Universo, coisa que na época não foi levada muito a sério. Já Ptolomeu desenvolveu um modelo geocêntrico bem elaborado, que perdurou por aproximadamente 1500 anos e também foi o responsável por catalogar milhares de estrelas e constelações em seu famoso tratado astronômico Almagesto. Em outros cantos do planeta a astronomia também era desenvolvida com afinco. Os árabes foram responsáveis por grandes avanços na ciência. Aprimoraram o astrolábio, instrumento grego que permite medir latitudes e obter o tempo.

Revolução Copernicana


O modelo ptolomaico permaneceu por bastante tempo em utilização na astronomia, até que um jovem abalou suas estruturas com um revolucionário tratado que iria mudar o rumo da ciência. Seu nome era Nicolau Copérnico, nascido em Torun, na Polônia. Era estudante de teologia, medicina e direito, mas também um apaixonado pela astronomia. Seu tratado intitulado “Sobre a Revolução das Esferas Celestes” sugeria um modelo heliocêntrico do sistema solar, ou seja, com o Sol no centro do Universo, aboindo a ideia da Terra como centro de tudo. Era o destronamento da Terra. Obviamente tal modelo não é correto hoje em dia, mas ampliou a perspectiva da astronomia e explicou até certo ponto alguns problemas recorrentes, referentes às órbitas dos corpos. De qualquer forma, a ideia não surgiu primordialmente com Copérnico, como já mencionamos. Figuras como Tycho Brahe e Huygens surgiram posteriormente para consolidar o novo modelo e abrir novos horizontes.

Movimento dos planetas

O sistema heliocêntrico de Copérnico ainda deixava em aberto alguns problemas em relação às órbitas dos planetas no sistema solar. O astrônomo alemão Johannes Kepler acabou por formular três leis que descreviam o movimento dos planetas, baseado nas observações do trajeto de Marte ao longo de sua órbita, que apresentava segundo a visão do modelo copernicano, um problema bem estranho. Explicando de forma resumida:

Kepler revelou que as órbitas planetárias eram elípticas e que o Sol ocupava um dos focos dessa elipse. Depois mostrou que a linha imaginária que interliga um determinado planeta ao Sol varre áreas iguais em tempos iguais. Por último, Kepler provou a relação entre o tamanho  e o período da órbita, demonstrando de forma bela que os quadrados dos períodos de revolução são proporcionais aos cubos das distâncias médias do Sol aos planetas. Ou seja, quanto mais distante está o planeta do Sol, maior o tempo que ele leva para dar uma volta completa em torno do mesmo.

Mas Kepler apenas poderia descrever tais movimentos. Uma explicação de como isso ocorria, e que forças proporcionavam esses eventos, só viria a aparecer com Isaac Newton, algum tempo depois. Em 1608, o italiano Galileu Galilei revolucionou mais uma vez o mundo da ciência, com a invenção do telescópio. Mas Galileu e Newton merecem um espaço maior para serem comentados, assim como os outros cientistas e matemáticos citados nesse texto introdutório. A história da astronomia é tão vasta que é deveras difícil descrevê-la de forma contínua em um post só, mas de qualquer forma, foram expostas as principais ideias que moldaram a base da astronomia, desde o início.

Alguns links externos:

Almagesto, na íntegra: http://tinyurl.com/3m9qkxq

Eratóstenes mede o diâmetro da Terra: http://tinyurl.com/2q29sp

Divulgação científica e conhecimento

Posted in Sem categoria with tags , , , , , , on 17 de março de 2011 by leodegemeos

É sempre uma tarefa complicada desenvolver o primeiro post de um blog, apresentá-lo ao público e apresentar os padrões que irão perdurar ao longo da jornada. Mas explicar sobre o conteúdo e qual proposta será adotada pelo autor, ainda me parece a melhor forma de fazê-lo. Dessa maneira, inicio esse novo blog sobre ciência, onde darei maior ênfase a assuntos relacionados à física e astronomia, como forma de divulgar o conhecimento de maneira acessível e estimulante. O conhecimento é a ferramenta mais importante que qualquer pessoa pode possuir e deve estar ao acesso de todos.

Ainda acho que a divulgação da ciência é de vital importância na sociedade. Com o decorrer dos séculos, essa poderosa ferramenta da humanidade foi cada vez mais consolidada e fortificada por gênios na história, em todas as áreas. Ela nos ajuda a entender a maioria das coisas que nos cerca e também a projetar nosso futuro, a ter uma noção maior de nossa própria estadia aqui, nesse pequeno planeta, e dessa forma refletir sobre a vida, o universo e tudo mais. É a ferramenta que move o mundo. Entender o pensamento científico não é necessariamente ser um cientista, ou trabalhar diretamente nesse processo, mas é uma forma de viver, um modo de contemplar a natureza e toda a beleza das intrincadas estruturas da vida, viver com um espírito imbuido de curiosidade e prazer em conhecer mais e mais, questionar-se sempre, ultrapassar horizontes e descobrir novos mundos.

O intuito desse blog, no geral, é esse. A busca incessante pelo conhecimento, numa jornada diária pelo resto da vida. Divulgar a ciência pelos quatro cantos e inspirar novas mentes a continuar esse processo.

Olá, mundo!

Posted in Sem categoria on 17 de março de 2011 by leodegemeos

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